Oi, eu sou a Adriana
Uma peregrina numa viagem sagrada.
Uma alma moldada pela graça. Uma colecionadora de milagres.
Caminhei por vales de abandono, traumas, dores e perdas que acompanharam gerações antes de mim. Sobrevivi e vivo para contar essa história.
Através das Escrituras, aprendi a abraçar minhas feridas com compaixão e a descobrir que por trás da dor se esconde algo divino. O trauma não foi o fim do caminho; foi um desvio sagrado. Creio em Jesus Cristo e na vida espiritual que as Escrituras nos convidam a viver. Não tenho todas as respostas, mas conheço Aquele que tem. Sou testemunha da redenção de Deus.
Hoje, caminho ao lado daqueles que ainda buscam sentido no meio da dor, das perdas e diante da morte quando a realidade nos surpreende com o inesperado.
Você não precisa caminhar sozinho.
Venha conhecer o Homem que me vestiu de compaixão e me amou quando minha alma estava desnuda.
Vamos caminhar juntos.
Você não está sozinho!
1981
A Menina Sem Pai
Nasci em Santa Maria, RS, Brasil. Carregava carregando em meu sangue o luto e traumas geracionais. Meu pai morreu antes que eu nascesse.
O que perdi com sua ausência reaparecia sem pena, revelando as duras consequências da orfandade que fazia parte da minha história. Instabilidade, silêncio e falta de segurança foram meus primeiros companheiros. O controle foi meu escudo. A rebeldia, meu grito. E mesmo assim, Deus estava perto, sussurrando vida sobre feridas para as quais eu não tinha palavras. Era só o começo, mas não era o fim.
2004
A viúva
Aos vinte e dois anos, tornei-me uma jovem viúva—com um bebê nos braços e a alma dilacerada pela dor.
Quando meu marido se suicidou, o luto voltou como um velho inimigo, e trouxe com ele traição, silêncio e vergonha. Minha vida naquele momento era lutar aquelas batalhas que eu nunca escolhi, mas eram minhas! Não havia espaço para chorar, apenas padrões que eu jamais conseguiria alcançar. Mas mesmo ali, a graça me encontrou. Jesus ficou quando ninguém mais ficou.
A Escritura se tornou água viva. Sua presença, um sussurro ao lado de um poço que já não me satisfazia. Jesus não mudou a realidade em um dia, mas me devolveu à vida.
Das cinzas e do medo, começou a florescer uma esperança sagrada.
2013
A Imigrante
Saí do Brasil com meus dois filhos e persegui a saga do sonho Americano, ansiava por cura e segurança. Mas, em vez de estabilidade, encontrei mais rupturas: divórcio, abuso financeiro e traições vindas de quem mais confiava. O trauma trouxe muitas reações que foram respostas de feridas não curadas e da necessidade de sobrevivência. O trauma não tem fronteiras. Me alcançou em um novo tempo, em uma nova terra e com uma nova cidadania.
Naquele tempo, encarei uma das verdades mais duras: a religião e a doutrina, ao invés de oferecerem compaixão e liberdade, muitas vezes me aprisionaram, me mantendo em lugares onde eu nunca deveria ter entrado e menos permanecido.
Ainda assim, mesmo naqueles desertos, a graça continuava repetindo:
VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA!
E de alguma forma, isso era o suficiente para continuar caminhando.
2023
A Peregrina
Caminhei em silêncio, abraçando a plenitude de meu corpo, mente e alma, com uma verdade que me sustentava desde sempre:
NÃO ESTOU SOZINHA!
Na quietude do Caminho e na beleza de suas paisagens, emergiu um luto que eu já não podia esconder. Passo a passo, fui me despindo de identidades falsas, das máscaras moldadas pelo medo e pela dor. O Caminho não me deu uma nova identidade, ele revelou aquela que Deus conquistou para mim. Jesus caminhou comigo, não para me “consertar”, mas para ressuscitar cada parte de mim que o trauma havia adormecido.
E a cada passo, Ele sussurrava à minha alma:
“Talita cumi — menina, levanta-te!”
Você é amada.
Você não está sozinha!
2024
Menina, Levanta-te!
Isto é Graça.
Coleciono milagres e já não luto para conquistar o que sempre foi meu. Caminho mais leve, não porque a vida é fácil, mas porque deixei a vergonha para trás e abracei cada parte de mim como sagrada. Nada foi em vão. Tudo foi como tinha que ser.
Hoje, não apenas recebo o amor de Deus, eu o carrego comigo e o compartilho essa semente por onde vou. Essa é a minha paixão, levar essa semente de graça. Entregar misericórdia e ajudar a criar espaços onde os que sofrem possam curar, respirar e renascer em meio as circunstâncias que não se pode controlar. A cura não é um lugar a se chegar, mas um espaço a se habitar. A menina que o mundo chamou de “bastarda” se tornou FILHA de Deus.
“Venha conhecer o Homem que viu tudo o que eu fiz”—e mesmo assim me chamou:
Sua Filha.
Sua Noiva.
Seu Povo.
Bom Caminho!
